Passando rapidinho pra postar uma fic nova.
Na verdade song fic.
Espero que gostem. ^^
Título: I Hate This Part.
Autor(a): Eu, Yuuki. =P
Gênero: Drama, Romance...
Classificação: Livre
Membro the GazettE: Kai
Declimer: "Sento na cama tentando chamar sua atenção, e acho que funcionou
mais uma vez ela sorri para mim e eu começo: Yuuki precisamos conversar."
Nota da Autora: A fic não foi betada, me desculpem por qq erro cometido. ^^Estamos dirigindo devagar através da neve
Pela 5ª avenida
E agora o rádio é
Tudo o que podemos ouvir
Não nos falamos desde que saímos
Está tão ultrapassado
Está frio lá fora
Mas entre nós está ainda pior Na premiação parecia tudo normal. Só parecia. Yuuki estava distante, mas somente eu percebi. Era incrível como ela escondia de todos o que realmente estava sentindo, ou pelo menos eu pensava que sentia. Estava sorridente e linda. Aquele vestido de cetim preto lhe caia muito bem, conversou horas e horas com o Ruki, coisa que ela nunca tinha feito. Será que ela contou a ele o que estávamos passando? Nem eu, que sou amigo dele a tanto tempo, contei os únicos que sabem são Aoi e Reita. Não há nada de mal em contar, Ruki e Uruha são meus amigos também, mas em fim... Desde que saímos da festa não trocamos uma palavra, nem se quer olhares. Yuuki parecia distante olhando a neve cair pela janela do carro, e eu… Eu? Apenas queria ouvir sua voz.
O mundo desacelera mas meu coração bate depressa agora
Eu sei que essa é a parte onde o fim começa
Chegamos ao nosso apartamento, como o de costume eu que abriria a porta do carro para ela, mas dessa vez não foi necessário. Ela entrou mais rápido no prédio do que quando saiu do carro. E mais uma vez eu só queria ouvir sua voz. Era difícil para mim, apesar do meu jeito espontâneo e falante, assuntos sobre nossa relação me deixavam tenso. Temia que Yuuki me interpretasse errado, e vice-versa. Ela foi a única que me aceitou como sou, e não como uma aberração ou coisas do tipo que pessoas maldosas falavam e falam pelas minhas costas. Yuuki era amiga, estava sempre comigo. E as fãs adoravam ela. Ela é perfeita demais, talvez isso seja o problema. Mas qualquer um no meu lugar teria medo de perder alguém como ela.
Eu não aguento mais
Pensei que fôssemos mais fortes
Tudo o que fazemos é nos prolongar
Escorregando por entre nossos dedos
Ela tomou o elevador sem mim. Senti uma pontada no peito. Oh não, sentimento de perda chegando. “Não, não Kai, isso é bobagem”, pensei. Ao chegar em nosso apartamento ela já estava de roupão prestes a entrar no banho. Senti um alívio quando olhei para ela e ela sorriu, metade do peso que eu sentia acabou, mas aquela sensação de perda persistia. Tirei meu casaco e camiseta. Joguei o sapato longe, estavam apertados demais. Sentei no sofá e liguei a Tv, mas nada me prendia a atenção. Alguns minutos se passam e não ouço mais o barulho do chuveiro, Yuuki saiu do banho preciso conversar com ela. Conversar com ela sobre nós.
Entro no quarto e mais uma vez fico sozinho, parece que nem estou lá. Yuuki estava com um olhar vago, distante. Sento na cama tentando chamar sua atenção, e acho que funcionou mais uma vez ela sorri para mim e eu começo: Yuuki precisamos conversar.
Ela para imediatamente o que estava fazendo, e começa a olhar fixamente para o chão andando em direção a cama. Acho que ela entendeu o meu recado e sabia sobre o que eu queria conversar. Deus como era difícil. Nós nunca tínhamos enfrentando uma crise assim, tão longa e dolorosa para ambos, creio eu. Não era nossa culpa, mas sim culpa do tempo. Comecei a lhe dizer como me sentia. Yuuki me ouve atentamente, sem me interromper, e eu pedia em pensamento: “Por favor minha linda diga alguma coisa”. Mas ela não disse.
Eu não quero tentar agora
Dizer adeus é tudo que restou
E achar um jeito de te dizer:
Odeio essa parte
Não consigo aguentar suas lágrimas
Terminei tudo o que tinha para dizer. Yuuki deixa escapar uma lágrima, que corre pela sua bochecha rosada e delicada. Era demais para mim, não aguentava vê-la e muito menos fazê-la chorar. Ela segura minha mão e também começa a desabafar. Era pior do que eu pensava. Ela colocou em minha frente, tudo o que eu fazia questão de esconder todos os dias. Ficou inevitável não notar todos os sinais, todas as situações. Estávamos realmente chegando ao fim.
Todo dia, sete vezes a mesma velha cena
Parece que estamos presos pelo fracasso da mesma rotina
Preciso falar com você agora antes de irmos dormir
Mas será que você dormirá assim que eu te contar o que está me machucando?
E a conversa que eu pensei que seria pacífica, dá lugar a uma discussão em que ambos se acusavam por erros cometidos, palavras ditas, coisas que magoaram. Não era justo culpar á mim ou á ela, não era nossa culpa. Deus, não era nossa culpa. Não quero mais sentir dor, não quero mais lágrimas aqui. O que mais quero é tirar esse peso que me esmaga e aperta a minha alma, machuca minha consciência.
O mundo desacelera mas meu coração bate depressa agora
Eu sei que essa é a parte onde o fim começa
Depois de gritarmos um com o outro por vários minutos, damos espaço ao silêncio. Ah o silêncio, isso sim era mortal, preferia que tivéssemos continuado gritando. Yuuki abre a porta e encosta-se no parapeito da sacada de nosso quarto, eu me visto novamente para me proteger do frio e me apoio na porta. Ainda de costas para mim ela me pede desculpas. Desculpas de que minha linda? Repito que a culpa não foi nossa.
Eu não aguento mais
Pensei que fôssemos mais fortes
Tudo o que fazemos é nos prolongar
Escorregando por entre nossos dedos
Nos desculpamos, somente pelo momento de fúria anterior. Ela me abraça, e isso me machuca, pois eu sei que se continuarmos, não seremos mais os mesmos. Tentei, em vão, fazê-la parar de chorar, mas eu também comecei a chorar. Era estranho, precisávamos nos separar mas ainda nos amávamos. Como duas pessoas que se amam, para continuar bem precisavam se separar? Só de pensar que aquele abraço acabaria a qualquer momento, meu peito se enchia de dor e agonia. Eu não queria deixa-la e ela disse que não queria me deixar também. Então, o que fazer?
Eu não quero tentar agora
Dizer adeus é tudo que restou
E achar um jeito de te dizer:
Odeio essa parte
E não consigo aguentar suas lágrimas
Odeio essa parte.
Nenhum de nós queria fazer. Nenhum de nós queria ser o estopim para a tristeza. Nenhum de nós queria dizer: chega, acabou! Ninguém queria ser o culpado de matar, sim matar o que sentíamos um pelo outro.
Sei que você me pedirá para aguentar
E continuar como se nada estivesse errado
Mas não há mais tempo para mentiras
Porque vejo o pôr-do-sol em seus olhos
O tempo passa, e não trocamos mais nenhuma palavra. O que deveria ser dito, já foi dito. Yuuki levanta do balanço que tínhamos na sacada, vai até o guarda-roupas e pega sua mala de viagem. Cobri meu rosto com as mãos em desespero. Ela ia fazer. Muito calmamente pegou suas roupas e as dispôs pela mala sem se importar se iria amassar ou não. Continuei onde eu estava, observando cada movimento e lembrando de tudo o que passamos juntos, momento felizes, momentos tristes, e agradeço sempre por termos mais momentos felizes do que tristes para lembrar. E esse seria mais um momento triste, que lembraríamos pelo resto de nossas vidas.
Eu não aguento mais
Pensei que fôssemos mais fortes
Tudo o que fazemos é nos prolongar
Escorregando por entre nossos dedos
Eu não quero tentar agora
Dizer adeus é tudo que restou
Yuuki se vestiu rápido, quando voltei minha atenção em sua direção, ela já estava pegando sua bolsa e as chaves do seu carro. Voltei a me virar de costas. Nem me importava mais com o frio, nada mais me importava. Ela me chamou tão docemente que por um instante passou pela minha cabeça que ela tinha desistido de tudo e que iria ficar. Mas me enganei. Entro novamente no quarto, e ela me abraça de novo. “Não faça isso Yuuki, não torne as coisas mais difícil do que já estão”, penso mais não digo. Era a última vez que eu podia olhar tão de perto seu rosto, sentir seu cheiro e seu calor.
A última vez, era uma expressão forte, dolorida e triste. Ela diz que me ama e eu digo o mesmo. Encosto minha testa na dela. Preciso de um último beijo, e ela me dá sinais de que também precisa, choramos de novo, nossas bocas se encontram e o último beijo acontece. Um beijo amargo mas ao mesmo tempo doce, profundo e apaixonado. Sim, apaixonado, ainda éramos apaixonados um pelo outro e queríamos o bem de ambos, por isso o fim. Ela foi mais corajosa, talvez ela fosse a que amasse mais, mas isso realmente não importava. O que importava era que, ela já havia avistado o fim antes de mim, só não quis me dizer. E eu entendo, eu faria o mesmo.
Ajudo ela com a mala. Nossa descida até o Hall é silenciosa, parecíamos estranhos aos olhos do outro. Não vou com ela buscar o carro, foi difícil chegar ao Hall imagina ver quem você mais ama entrando num carro indo embora, não isso não. Nos despedimos mais uma vez, mais uma vez com aquele beijo amargo e doce. E mais uma vez ela diz que me ama, e quase que eu peço para ela ficar, mas não ia adiantar, só ia adiar mais o inevitável e seria bem pior do que estava sendo. Caminho devagar até a entrada do prédio, e vejo o carro sumindo no horizonte. É agora sim, foi o fim. Tudo o que eu olhava me lembrava ela, é cliché dizer que passa um filme pela nossa cabeça e tudo o mais, mas era isso que acontecia comigo. Ao entrar no apartamento, o cheiro dela estava lá, o calor dela estava lá, as lembranças estavam lá mas metade da minha vida não estava mais lá.
E não consigo aguentar nossas lágrimas
Odeio essa parte.
Música original por The Pussycat Dolls